17.6.06

"Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual"
Lilith

14.6.06

Raro são os dias merecedores de película de surreal que foi, a narrativa a seguir foi um fruto onírico, seus personagens não possuem nomes, nem rostos, apenas seus sexos são definidos, pois o conto a seguir poderia acontecer a qualquer um. O cenário foi ilustrado por um dia inusitado. Pessoas a observavam, e a pequena princesa perdeu-se na sua própria magia, inebriada de felicidade. Com a ajuda de algozes diabinhos, ela própria uma súcuba, espalhou uma atmosfera libidinosa. Num dado momento e já fastigada pelos excessos deitou-se no leito de concreto, onde subitamente seu consorte a escalou para outra jornada libidinosa. Desapareceram em questão de segundos, e no mesmo instante estavam dentro da imensa nave plúmbea. Alvos de uma experiência alienígena? Cenário desolado e desértico, parecia a superfície lunar, onde pedras pequenas machucaram seu joelho. O sexo era apenas a língua falada por ambos. Tudo rodava ao redor da princesa do caos e seu consorte destruição. Calcinha atirada ao léu, ela tomado pela lascívia cai de joelhos e o suga. Ela cerra os olhos e geme como uma menina. Ela arranca sua bermuda, por sua vez ele tira sua saia. Nus no nada, ela apenas tinha estrelas em seus pés. Sexo sem fim. Ele é extremamente sensível, não aprecia carinhos nem violência tampouco, apenas a observação e sexo importam. Olhares criam expectativas. Gozam em meio á personificação da solidão. Nesse conto o final é cômico como as tragédias o são, escorre a urina dele na saia dela. Ele zomba, mas ao pegar a sua bermuda percebe que fez o mesmo. Ela devolve o riso irônico. Voltam para o inferno terrestre sujos e urinados. Afinal de contas é isso o que o ser humano se resume: excrementos. Fim da transmissão.